Amor
não é aquilo que você mostra apontando para o peito. Isso se chama tórax.
Talvez o motivo de apontarmos para esse local do corpo é porque aí está o nosso
coração.
Poderíamos apontar para o cérebro, mas ficaria
feio dizer: “Eu te amo com toda a força do meu cérebro” e, é claro, o cérebro
está cheio de teorias. Só que o amor não vive apenas de teorias, o amor tem que
ser dito e demonstrado. Então novamente teríamos que apontar para a boca, mãos
e, por fim, para o corpo inteiro.
Alguns afirmam que o amor é composto de
confiança, sinceridade, amizade e tantos outros adjetivos dispensados para o
amor, mas, antes de tudo, deveríamos pensar em respeito, pois respeito todo
mundo gosta e até conservam os dentes em alguns casos. É clichê? É, mas
continua sendo atual porque respeitar é aceitar e compreender que temos
limitações, diferenças e defeitos.
Quando falamos de confiança e sinceridade, não
deveríamos nos referir somente a enganar. Mentir não faz parte desse pacote,
faz parte do nosso caráter, e caráter você tem ou não. Por outro lado, a
confiança implica em contar segredos, pedir ajuda quando necessário, sem medo
ou receio de que a outra pessoa um dia vai usar as suas fraquezas contra você.
O amor, portanto, não sobrevive somente de
teorias, mas com o corpo inteiro, sendo provado na prática a cada segundo de
uma relação, fazendo a pessoa saber que é amada porque você fala que ama
apontando para o peito sem receios nem rodeios. Assim, quando você diz que ama,
a pessoa sabe porque você fala, mas só sentirá esse amor quando você demonstra.
Mas há também um paradigma a ser entendido.
Alguns dizem que amar é fácil, enquanto outros dizem que amar é uma tarefa
quase impossível porque o ser humano tem histórias completamente diferentes.
Mas o amor é mais simples do que pensamos. Basta refletir sobre o quanto você é
amável? O quanto você está inteiro em uma relação? O quanto você é capaz de
sacrificar todos os momentos bons que já viveram juntos por causa de uma crise,
uma discussão?
Amar é, portanto, ser livre e deixar o outro
livre, é querer estar e ficar ao lado de alguém de corpo inteiro sem medos, sem
armaduras, mesmo com suas diferenças, limitações ou falta de grana. É querer
ficar, mesmo sabendo que precisa aguentar o tranco, aguentar uma “barra” sem
nunca pensar em desistir porque se amar não é fácil, bom é saber que o amor é a
melhor coisa que pode acontecer em sua vida.
Getúlio Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário